sexta-feira, 19 de outubro de 2012

É como se eu tivesse um cidade interna de sentimentos, cicatrizes, histórias. Era como se passasse sobre ela um terremoto e à destruisse. Já estava acostuma com as catastrofes e reconstruções da minha cidade intera. Sabia que amanhã ou depois iria acontecer, era previsivel. Eu me conhecia, conhecia minha história. Conhecia o fato de eu não ser a rocha que eu transparecia. Não era uma questão de escolha, ser o que somos. Somos isso, as vezes, tomados por vaidades passageiras. Mas somos prisioneiros das proprias vaidades. Acho que são essas vaidades que diferenciam os seres humanos. E eu me sentia como se estivessem matando todas minhas vaidades. Como se estivessem me forçando a ser o que sou, sem nenhum adicional da minha personalidade ( forte ). E voltando a minha " cidade " : isso era me obrigar a não reconstrui-la, deixar ela vazia. Sem casas, prédios ou estradas. Isso significava viver, fria e vazia. Talvez sem mais nenhuma espectativa. Eu não queria me ver assim denovo. Não queria ver minha cidade devastada por uma catastrofe denovo. Mas tinha uma força que estava me obrigando, e uma voz que dizia " é inevitavel ". E eu só queria me libertar desse destino ridiculo que eu estava presa. Dessas pessoas que não aceitavam que minha maior vaidade era ser livre.Eu não aceitava a falta de reconhecimento das minhas ações. Eu não aceitava fazer o possivel para demonstrar que eu não igual a todos os seres humanos e não ser valorizada. Eu não aceitava o fato de parecer que eu era diferente de uma maneira ruim. Eu não aceitava o desconhecimento, o desprezo, a negaçao das pessoas sobre mim.

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