sábado, 25 de maio de 2013

Eu nunca mais quero ser qualquer uma pra qualquer um. Nunca mais quero ser de ninguém. Nunca mais quero ser sozinha e vazia. Nunca mais quero rebolar até o chão olhando pra um cara com um copo de cerveja na mão. Nunca mais quero usar essas técnicas de sedução barata que duram uma noite, um beijo com gosto de destilado, cheiro de cigarro e perfume alheio na roupa no dia seguinte. Não quero mais ter medo de esquecer o nome no outro dia, dar telefone errado só pra não atender uma ligação. Nunca mais. Mesmo que esse nunca mais não dure mais que esses meses que já durou, mesmo que esse nunca mais seja curto demais para ser nunca. Enquanto eu estiver com você, serei pra sempre sua.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Eu sempre fui um lixo nesse negócio que chamam de amor, um exemplo de gente azarada. Mas sempre fui boazinha nas palavras, sempre soube o que dizer, dar a volta por cima, enganar as pessoas dizendo que eu não sofria com isso das coisas nunca darem certo pra mim. Sempre fui segura e confiei muito na minha habilidade de poder ser feliz indo pra festas, bebendo e pegando aqueles carinhas que as meninas suspiravam por eles. Eu era a tipica garota cheia de sorrisos espontâneos  mais ou menos boa na escola, que esperava ansiosamente por toda noite de sábado. Eu era tipicamente uma garota solteira aos 16 anos, aparentemente um tipico exemplo de felicidade. Desapegada, inútil para o amor. Inútil para aquela velha concepção de amor. Indiscutivelmente carente, aparentemente auto-suficiente. Uma contradição ambulante não só para isso, mas para tudo. Eu nunca acreditei que existia gente que aprendia a gostar, sempre acreditei que você se apaixonava perdidamente por um pessoa ou seria para sempre indiferente. Eu nunca seria capaz de enfrentar as manias, maus humores, exagero de carinho, carência exagerada de alguém que não fosse o amor da minha vida. Eu não furaria minha bolha de segurança por ninguém que não fizesse as borboletas dorminhocas do meu estomago acordarem eufóricas  Era frescura pra muita gente, mas pra mim, amor de verdade fazia as borboletas ficarem vivinhas dentro do meu estomago. Na minha vida, foi igual a esse texto : dei muitas voltas em mim pra realmente chegar a você  Você que hoje é um " sei la " pra mim, não um " sei la " no pior sentido da palavra, mas um " sei la " cheio de existencialismo. Eu não sei até hoje o que você de fato pra mim, só que não é nada que chegue perto de negativo. Você não tem ponto positivo, você é o ponto positivo. Você é o ponto positivo de ter que me privar daquelas coisas, daqueles carinhas de braço e barriga definidos, postagens inteligentes no Facebook. Você não precisava de academia, nem de um intelectualismo online. Eu precisava. Eu precisava de uma academia pra me sentir mais ou menos bonitinha, de postagens legais no Facebook, conhecimento musical, conhecimentos gerais. E mesmo assim você dizia ocultamente olhando nos meus olhos que me amava. Me amava mesmo eu desligando o telefone na sua cara, terminando sem mais nem menos com você, puxando sua orelha quando precisava só de carinho. O que era uma afronta para sua personalidade discretamente orgulhosa, autoritária e afetuosa. Mesmo sabendo que você já de saco de cheio desse meu texto tediosamente romântico  tenho mais algumas linhas para escrever. Nos últimos dias conclui que o amor romântico, que eu tanto falei nesse texto não é nada disso do que eu pensava. Ou é, vai saber. Sentimentos não tem regras, não dá pra concluir nada sobre eles. E é possível  sim, aprender a gostar. Mas aprender a gostar não tem nada a ver com acostumar com os cinemas dos sábados, ligações de boa noite. Aprender a gostar é se apegar a aquele defeito horroroso que a pessoa tem, é querer cuidar daquela fragilidade, é deixar a pessoa rir da sua desgraça. Eu aprendi a gostar de você, me apeguei como se apega a um amigo, gradativamente. Aprendi a te beijar em publico, a te beijar entre quatro paredes. Aprendi a ser sua, aprendi a querer que você fosse mais meu a cada dia.

domingo, 5 de maio de 2013

Depois de um tempo se encontra conforto na solidão. A prova disso é que um tempo atrás, ir e voltar da escola sozinha era uma tortura, e agora penso, posso pegar o ônibus que eu quiser, comer na lanchonete que eu bem entender e voltar pra casa da hora que me der vontade. Quando se está sozinho pode-se ter monologos com os assuntos mais desagradaveis do mundo. Você pode ter assuntos que entre voce e seus amigos são assuntos proibidos. Solidão tem muito a ver com liberdade. É como se os dois " sentimentos " fossem irmãos quase gêmeos, mas suponho que um tenha que nascer um tempo antes dentro de voce. Quando se esta sozinho e feliz se tem liberdade. É nisso que consiste minha vida hoje, na minha satisfação de estar ligeiramente sozinha e livre.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Eu não tinha insônia, a tristeza me assistia em tempo integral. E se tinha uma coisa que dava sono era a tristeza. Tristeza dava sono, poesia, texto bonito, musica boa. Mas, obviamente, não dava alegria. Que raio de ser humano vive sem alegria ? É, tipo, necessário nem que seja um pouquinho de alegria pra fazer as coisas do dia-a-dia ficarem menos torturantes e conseguir seguir em frente. Seguir levemente em frente. Um pouquinho de alegria pra sorrir e dar bom dia pro porteiro do prédio. Seria maravilhoso concluir se digo bom dia em meio a um sorriso, sou feliz. Mas não é bem assim. Espera, isso foi só uma metáfora (a pior metáfora de todas ) e eu estou me confundindo. Perdi o foco. Por falar em foco, acho que não consigo me focar nos meus objetivos a tempos. Isso é desgastante. Você não consegue " se dar bem " em quase nada, porque ta com a cabeça nos mundo das nuvens. Por sinal, uma cabeça de pensamentos depressivos.  Porém daqui a pouco melhora. E ter certeza disso não ta ajudando muito, mas eu tenho essas certezas. Certezas erronias.