segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Sabe qual é o erro das pessoas ? Essa mania de achar que o amor é aquela coisa bonitinha, esse negocio de acreditar na pureza humana. Todo mundo já sabe que príncipe encantado não existe e fica vivendo esse merda de vida tentando encontrar um. O nosso problema é esse, complicar quando a gente pode deixar tudo mais simples. Você quer beijar, beije; quer fazer sexo, faça; quer sorri, sorria; que ficar, fica. Mas não, as pessoas são caretas demais. Se afundam num monte de valores que elas queriam que não existissem. Sente tesão, mas não pode sentir tesão. Tesão só pode quando tem compromisso, sem ele é feio. O povo faz de 2+2 uma equação matemática que só com muita prática pra conseguir fazer rápido. E a vida exige rapidez em nossos atos, e a gente não pode praticar nada. Os acontecimentos são imprevisíveis demais para que a gente possa tentar de várias maneiras antes de acertar. Não é tão difícil acertar assim. É difícil se deixar acertar e acreditar que a vida ta assim porque você quis assim. Mas talvez você não queira, talvez você só fez porque é certo. A unica coisa que é certa nisso tudo é o que você quer naquele momento. Faça tudo o que você quer, simplesmente porque você quer. Não complique tudo isso, seja simples.

Vamos pedir piedade, Senhor piedade, por essa gente careta e covarde ♫

domingo, 27 de janeiro de 2013

Me desculpe pela covardia, pelo egoísmo, pelo frieza que fui. Desculpe-me por ter sido tão pouco pra você, por ter te ferido, por ter feito você perder tempo comigo. Por ter feito você andar em circulos tentando satisfazer minhas necessidades, que eu mesma nem sei quais são. Eu só queria te falar, que talvez foi melhor acabar ali, e o problema é comigo que não sirvo pra relacionamentos, que eu sou um caso perdido mesmo e você nunca deveria ter apostado fichas em mim. Mas isso não é ingenuidade sua, não é que lhe falte sensibiliade, nada disso.  É que me falta demais para que eu possa me sentir segura compartilhando minha vida com alguém. Talvez não seja esse o problema, talvez seja porque eu sou desesperada demais para encontrar uma felicidade simples e um comodismo estupido que me obriga a continuar no mesmo lugar onde estou. Sozinha, segura e bem.

Senta não olha pro chão, a culpa não foi de ninguém ♫

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Andava com mania de suicídio e com crises de depressão aguda; não suportava ajuntamentos perto de mim e, acima de tudo, não tolerava entrar em fila comprida pra esperar seja lá o que fosse. E é nisso que toda a sociedade está se transformando: em longas filas à espera de alguma coisa. Tentei me matar com gás e não consegui. Mas tinha outro problema. Levantar da cama. Sempre tive ódio disso. Vivia afirmando: “as duas maiores invenções da humanidade foram a cama e a bomba atômica; não saindo da primeira, a gente se salva, e, soltando a segunda, se acaba com tudo”. Acharam que estava louco. Brincadeira de criança, é só disso que essa gente entende: brincadeira de criança - passam da placenta pro túmulo sem nem se abalar com este horror que é a vida. Sim, eu odiava ter que me levantar da cama de manhã. Significava que a vida ia recomeçar e depois que se passa a noite inteira dormindo cria-se uma espécie de intimidade especial que fica muito mais dificíl de abrir mão. Sempre fui solitário. Você vai me desculpar, creio que não regulo bem da cabeça, mas a verdade é que, se não fosse por uma que outra trepadinha legal, não me faria a mínima diferença se todas as pessoas do mundo morressem. É, eu sei que isso não é uma atitude simpática. Mas ficaria todo refestelado aqui dentro do meu caracol. Afinal de contas, foram essas pessoas que me tornaram infeliz.

Charles Bukowski

domingo, 20 de janeiro de 2013

Eu estava pensando, calada, quieta no meu canto em tudo. Nas nossas saídas e entradas do colégio. Lembrando da gente brigando pra ser a primeira na fila do lanche, como se a comida fosse acabar no segundo da fila. Lembrando da gente falando todas as bobagens que imaginavamos, como se a alegria fosse acabar no próximo segundo. Sabe quantas vezes eu me lembro por semana do choro coletivo do finalzinho da aula. Sabe quanto eu gostava de sermos nós três ? Daquela alegria barata com preço de, sei la, o que que a gente comia todo dia. É meio triste a gente crescer. É meio triste a gente se perder, perder aquilo que tanto gostavamos. Eu saberia que tudo isso ia acontecer, tenho meio que uma intuição pras coisas desse tipo. É muito fácil te apontar alguém como culpado disso tudo, quando todos que circulam compartilham da mesma opinião. É muito fácil pra nós sermos corretos, seguros de todas as nossas atitudes do que nos questionar se nós também não estamos indo para direções erradas. Independente disso, eu sei fiz a minha parte nessa tentativa de resgate de tudo. Não conclui isso com base no meu orgulho, longe de mim. Conclui isso pensando no fato de não ter visto nenhuma vez um retorno.

Sinto saudade dos tempos em que eu não sentia tanta saudade.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

De ontem em diante

De ontem em diante serei o que sou no instante agora
Onde ontem, hoje e amanhã são a mesma coisa
Sem a idéia ilusória de que o dia, a noite e a madrugada
são coisas distintas
Separadas pelo canto de um galo velho
Eu apóstolo contigo que não sabes do evangelho
Do versículo e da profecia
Quem surgiu primeiro? o antes, o outrora, a noite ou o dia?
Minha vida inteira é meu dia inteiro
Meus dilúvios imaginários ainda faço no chuveiro!
Minha mochila de lanches?
É minha marmita requentada em banho Maria!
Minha mamadeira de leite em pó
É cerveja gelada na padaria
Meu banho no tanque?
É lavar carro com mangueira
E se antes, um pedaço de maçã
Hoje quero a fruta inteira
E da fruta tiro a polpa... da puta tiro a roupa
Da luta não me retiro
Me atiro do alto e que me atirem no peito
Da luta não me retiro...
Todo dia de manhã é nostalgia das besteiras que fizemos ontem

O Teatro Mágico

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Mas é que a vida rouba da gente, a vida toma a vida da gente, a vida gasta o dinheiro da gente, a vida rouba a bondade do coração da gente, a vida tira a verdade da gente, a vida tira a felicidade da gente
No meio disso tudo eu encontrei espinhos demais,  me espetei e chorei de dor. As pessoas espetam a gente demais com seu egoísmo. Nós nos espetamos demais com nosso egoísmo. Me fizeram chorar, me fizeram sorrir em dobro, acredito. Vi tanta gente medíocre nessa vida, querendo tirar de mim o que eu tinha de melhor. Porém esbarrei com flores naquele caminho de espinhos. Vi que no meio daquela merda toda, daquela competição toda que ainda tinham auras que exalam positividade. E talvez, eu não fosse desse grupo cheio de positividade, talvez eu pertencia ao grupo das pessoas-espinhos que saiam espetando todos por aí com o que tinha de pior. Deixando o melhor, lá no fundo.  Por que eu tinha que ser assim ? De repente na minha frente surgiu um exemplo pra uma mudança. Eu segui sem força, segui cabisbaixo, segui achando que eu não tinha nenhuma importancia. E ali estava alguem me mostrando sua aura de energia positiva pra mim. Carregando uma cruz mais pesada que a minha, e a sua. Daí resolvi mudar, daí resolvi me mecher. Aquelas atitudes me ensinavam indiretamente que não importava o quão pesada fosse minha cruz, eu teria forças para carrega-la. E que enquanto eu ficasse desse jeito fazendo corpo mole, não iria resolver. A gente tem que encarar com coragem a nossa cruz, tem que ser forte e lutar contra cada um dos nossos problemas. Temos que ser gratos por termos ( nem que seja pouco ) coisas boas em nossa vida. Tem tanta gente com menos que a gente. Tem tanta gente sorrindo mesmo com problemas enormes, valorizando aquilo de bom que tem.

Dedicado à Samuel Henrique, e muito obrigado por isso.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Eu não sei se nesse tempo todo que vivi aprendi a congelar meus sentimentos ou se virei uma pessoa má. Capaz de fazer qualquer coisa para me proteger.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Pra quem eu me entrego ? Pra onde eu vou ? Por que não me apego ? Por que não grudar em você, por que perder a oportunidade de ser mais um daqueles casais fofos que andam de mãos dadas, por que não me entregar a essa ideia maluca de ser de um só. Por que ter tanto medo dós pronomes pessoais no plural agora ? Por que ? Queria tanto não ter medo da divisão, dessa divisão de problemas, divisão das nossas angustias sem motivos. Quero não perder nada. Não perder nada de mim, nem ganhar seu coração. Nem quero dar meu coração para ninguem. É dificil compreender ? Eu sou borboleta, não casulo. Sou livre, sou inquieta, tenho paixões anormais, tenho medos brutais, ansiedade, desejo, tesão. Sei la porque, mas tenho fobia dessa história de ter um amor tranquilo.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Quando deixamos os outros saberem o que pensamos, acabou, estamos mortos. Eles logo estão dentro da nossa cabeça, tirando ideias, segurando-as na luz e mantando-as, sim, matando-as, porque as ideias devem ficar e crescer em lugares escuros sossegados, como as borboletas nos casulos.

A menina ícaro - Helen Oyeyemi

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

 " Antes eu achava que se não tivesse paixão eu iria parar de escrever, minha inspiração ia acabar. Meus futuros livros iam pra sessão B da auto-ajuda, com um monte daquelas margaridinhas na capa. "

domingo, 6 de janeiro de 2013

Atendi o pedido de meus pais, de não falar com estranhos e até hoje não me escuto.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Parei para pensar hoje que o dinheiro move a tristeza, abastece as angustias, complicam os relacionamentos, e põe fim em várias vidas. Eu penso muito sobre não deixar o dinheiro dominar meu pensamento e minhas atitudes, mas querendo ou nao, ele domina. E é triste ver nas ruas como as pessoas estao cada vez mais desumanas por causa do dinheiro, se deixando perder tanto da vida para enriquecer. Tenho medo de ser mais um desses seres humanos porcos que dão valor a futilidades enquanto existem outras mil coisas boas no mundo. Mais medo ainda de me tornar, um desses que passam por cima dos outros para consiguirem o que querem. Penso também na corrupção que ronda nosso país e quantos trabalhos, filhos e pais morrem por falta da qualidade de saude pública. Em quantos morrem em assaltos, perdem suas vidas em presidios por ter feito roubado ou matado por dinheiro. Me questiono todos os dias qual valor tem um seguro de vida, que deveria mais chamar seguro de morte. Não podemos basear a nossa vida em cédulas de dinheiro. Elas são apenas papéis impressos todo hora. Já a nossa vida, irmão, a nossa vida  de todos os seres humanos é muito mais que isso. Vamos parar de ser tão miseráveis.

Homem primata, capitalismo selvagem ♫