sábado, 9 de junho de 2012

Nunca fui flor que se cheire, nunca fui metida a boazinha, nem a mais simpatica da turma. Mas até que teve bastante gente que me escolheu como amiga. Não sou linda nem gostosa, e nao tenho que reclamar que quando chego e uma festa não vem ninguem conversar. Nasci e cresci rodeada de gente. Gente que reclamava porque eu era tão grossa e sarcástica, que até pedia pra mim mudar. Só que essas pessoas se amarravam no meu jeito torto de ser legal, nesses meus defeitos incuráveis e nessa mania de criticar todos. Podia até ser que eu tropeçava demais, bebia demais, dançava até o chão em todas as festas, ria e falava alto, mas eu era quase uma dama de companhia. Quase falo ingles, quase toco violão, sei falar de politica, ouço Cateano e não há um professor de portugues que nao elogiasse minhas redaçoes. Então, me apresentar como amiga ou namorada pras mães nunca era um problema. Então mesmo eu tendo uma legião de pessoas que odiavam e que me olhava de olho torto eu era muito apegada a mim. Apegada as minhas dores, crises, medos e defeitos. E mudar, mesmo se todos disessem que era pra melhor, era quase impossivel. 

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